sábado, 17 de setembro de 2011

I´m so tired... so sick, so sick and tired!

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Felicidade? Quando? Sem previsão.

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"Queria saber: depois que se é feliz o que acontece? o que vem depois?"

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being happy docan´t mean that everything is perfect. It means that you´ve decided to look beyond the imperfections.

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Acordar sozinha nesse domingo, não foi legal...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Trechos - Livro: "O mundo pós aniversário"

A Jude tem ideias das coisas - especulou Ramsey. -Quando a vida real não saía conforme o esperado, ela ficava tentando forçar a realidade a se encaixar na ideia, em vez de fazer o contrário. Entende o que eu quero dizer? A sinuca treina a gente a não fazer isso. Depois de cada tacada, é outra partida, totalmente diferente. A gente lida com as bolas do jeito que elas estão, não como estavam no minuto anterior, quando se tinha todo o número de pontos planejado.

Erro bem-intencionado.

Chamava de "esposa", mas com quem nunca se dera o trabalho de casar; ->DESLEIXO

Ônus da amizade.

"Mas engraçado como aquilo que nos atrai numa pessoa é o mesmo que passamos a desprezar nela."

Por que essa era a única coisa que Lawrence jamais diria? Porque era a mais importante. E Lawrence tinha medo do mais importante. Tendia a falar febrilmente de tudo, sempre contornando o principal, como quem o enrolasse em barbante.

(...) ao longo de mais de nove anos, e de repente, pronto! ele se houvesse tornado completamente conhecido. Irina se diplomara. Já não havia surpresas - ou havia apenas essa última, a de já não haver surpresa alguma.

Apesar disso, era provável que ele tivesse razão. A pessoa fazia uma seleção daquilo que funcionava, e era trabalhoso demais ficar inventando novas contorções numa coisa que, francamente, admitia variações limitadas.

Talvez conviver bem com uma pessoa fosse compreender não o quanto ela se parecia com a gente, mas o quanto não era a gente...

... Lawarence estava em casa e os dois eram felizes.
No entanto, sem saber ao certo quando nem por que, Irina havia guardado a idéia de que a felicidade, quase por definição, era um estado de que não se tinha consciência na hora. .... Convencionalmente, tem-se consciência da felicidade no exato momento em que ela começa a escapar. ....Ela só fora alertada para sua felicidade por ter roçado de perto num futuro alternativo em que essa felicidade seria aniquilada.

De qualquer jeito, a encruzilhada da noite anterior tinha sido uma das mais interessantes a que ela havia chegado em muito tempo, e a única pessoa com quem realmente queria falar disso era Lawrence - a única com quem não podia fazê-lo.

a excitação sexual a havia transformado numa analfabeta, da noite para o dia. Uma analfabeta que nunca comia, não conseguia trabalhar e dormia pouco; então, o que é que uma pessoa fazia quando ficava apaixonada?

Irina não soube dizer se Lawrence tinha aceitado seu pedido de desculpas por confiar nela ou por temê-la.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Resumo de uma DR

Segue diálogo entre homem e mulher numa discussão de relacionamento, discussão essa evitada ao longo de 4 meses:


Cenário:

Trabalhando na mesma empresa, eis que após algumas trocas de olhares, conversas de poucos minutos até estacionamento, demonstração de interesse de ambas as partes... Interesse recíproco -> abertura de caminho para novas fantasias.

Após algum tempo de tímida paquera, acontece finalmente o dia em que eles se "ficam" e eles passam a se conhecer melhor.

Ela começa a idealizar, imaginar, enquanto ele tem medo de compromisso. Ela vai levando, finge que está tudo bem... vai comendo pelas beiradas... vai aumentando a freqüência que eles saem, o tempo vai passando, vai aumentando a intimidade e a pressão implícita de dar uma definição sobre o relacionamento. Ele ainda se mostra indeciso. Estrategicamente, de vez em quando, dá uma sumida, depois aparece, ela releva. Ele nem imagina os períodos no vácuo de angústia, ansiedade e frustação que ela tem passado.

Quando eles estão juntos, ela parece esquecer, prefere ser feliz.

Na última semana, ele ficou sem dar notícias, incluso um final de semana. Um sábado depois, ele liga só pra falar um "oi". Jeito preguiçoso, não quer se esforçar demais. Ela não é boba, mas fazer o quê? Que direito ela tem de fazer qualquer cobrança? Quem é ela?

Domingo de sol, ela acorda de bom humor, resolve ser feliz, lhe envia um SMS:

- Bom dia! Dia lindo! Será que você estará livre hoje final da tarde? Faz tempo que você não tira a minha roupa... Beijos...

Poucos minutos depois, ele responde:

- Uau! Se eu não tinha tempo, agora tenho. Beijos.

Ela faz as coisas dela, vai almoçar... vem a cabeça, será que ela não deveria ter respondido algo, pra ela está implícito, vão se ver no final da tarde... depois de horas, ela pensa em enviar nova mensagem: "Pode ser lá pelas 18h00?" mas ela desisite...
Quando chega as 18h00, ela pensa em se arrumar e nenhuma notícia, ela pra assegurar de que o programa estava de pé lhe envia um novo SMS:

- Já estou em casa... Beijos...

Duas horas se passam e NADA. Lá pelas 20h e poucos minutos, ela lhe envia mais um SMS:

- Márcio... Você vem?

Uns 10 minutos depois, ele responde, de forma bem evasiva:

- Oi! Acordei agora. Perdi a hora total...

A essa altura, ela não sente nada, não está surpresa, decepcionada, ou com raiva. Ela coloca o celular pra lá... responder ou não responder? Mas também deixar assim no silêncio, há quanto tempo estava evitando um confronto... pensou... "preciso de uma resposta melhor..." e lhe escreve:

- Isso quer dizer ?

Daí ele teve que dar uma resposta mais elaborada:

- Oi! Na verdade não fiquei muito legal hoje. Não sei se por conta do calor ou do tempo seco. Fora isto, acabei bebendo cerveja o que piorou a situação.

Daí ela está digerindo essa resposta... quando chega a continuação da desculpa do rapaz:

- Sendo assim,, melhor eu ficar curando minha ressaca e cansaço. Inclusive por conta do rodízio de amanhã (acordarei cedo para ir a Valinhos). Desculpe....

Ela pensa por mais ou menos meia hora, ela tem duas opções: a-) Não responder nada. b-) Responder. Se ela não respondesse nada, ficaria tudo por isso mesmo, e um dia qualquer ele a procuraria como se nada tivesse acontecido e mais uma vez, ela fingiria que está tudo bem... ou... ele continua a enrolando até ela desistir e eles nunca mais ficarem juntos, para esses dois cenários, ela perderia o respeito, seu orgulho ferido, diria: fez papel de idiota. Cair no esquecimento assim? Não. Se é pra esquecer e ser esquecida que seja ela agora a autora dessa decisão. Então, se ela respondesse, ela teria ali a oportunidade de falar alguma coisa que estava entalada... desabrochar, expressar de alguma forma sua insatisfação.

Aquela era a hora de mostrar que ela não era tão idiota assim, ops, compreensiva. E que mais ela teria a perder? Estava valendo a pena, toda aquela angústia, vácuo, por futuros alguns bons momentos de companhia, mas sem expectativa alguma de algo mais que ele pudesse lhe oferecer. Respondeu:

- Eu vou te poupar de qualquer mensagem agressiva... Eu poderia estar na Vila Madalena com as minhas amigas... Tomando cerveja.. Mas afinal... Quem se importa? A escolha de querer ficar com você foi minha... O mais engraçado que apesar do "bolo" não estou decepcionada... tampouco, surpresa... e no final das contas, o que você falaria? "Ah, ela tava afim de mim e depois deu um pity... Blá blá blá". Então vamos deixar pra lá... Beijos. Se cuida...

Foi tomar banho, tirou a maquiagem... pôs pijama, não esperava resposta alguma, "que se dane", pensou... "não estava bom mesmo pra mim", mas quase meia hora depois, ele respondeu:

- Desculpe mesmo! Perdi a hora, mas vc não sabia disto. Não imaginei que te tiraria de um grupo de amigos.... Fique bem.

Daí se ele esperava amenizar a situação, só provocou ainda mais sua ira. Como assim "Fique bem." e como assim não imaginou? E a expectativa, a roupa, a maquiagem? Não pensou duas vezes, agora, mais uma oportunidade de falar poucas e boas, enviou:

- O ponto não é nem o "hoje"... mas deixe pra lá... Afinal o que a gente tinha? Só um envolvimento superficial mesmo... Então nem quero te chatear com esse tipo de conversa... você não tem culpa de nada... Eu tava consciente o tempo todo... Interpretando os sinais... foram escolhas e se eu insisti é porque sei lá... Então sem drama... E não se preocupe eu vou ficar bem sim... Bjo.

Após enviar a mensagem acima, se empolgou, e resolveu enviar outra:

- Sabe esses dias eu li uma frase engraçada no twitter que dizia: "Não trate como lançamento quem te trata como liquidação" sei lá achei apropriada pro momento... Com um toque de humor :) vai ficar tudo bem... Gosto muito de vc e te admiro muito... Beijos...

E nessa hora, ela chorou, mais uma escolha de relacionamento errado, novamente sozinha, agora está tudo escancarado, o confronto até então evitado, tudo agora estava às claras, as expectativas diferentes de cada um... quando veio a resposta dele:

- Olha, novamente peço desculpas por atrapalhar sua noite, mas não é para tanto... Conversaremos ok? Beijos.

Daí depois dessa resposta, ela sorriu, ia falar mais o quê? Pra ele, era muito prático, ela estava exagerando! Então, ela caiu na real, que por mais que discutissem não iam chegar a lugar algum, simplesmente porque pensam e querem coisas diferentes. Iam conversar o quê, até que seria interessante, porque ela ainda tinha tanta coisa pra falar, ou melhor, desabafar, mas ele nem estaria interessado, ou talvez, o máximo que iam conseguir, era ele enrolá-la com mais algum pedido de desculpas, afinal, ele se preocupa em manter ali um "step" e poderiam postergar mais um pouco dessa situação, mas até quando? Melhor era acabar isso de vez.

E então, ela fez um lanche, estava com fome, pensou, acendeu um cigarro... e respondeu:

- Fique tranquilo... Não precisa se desculpar pela noite... Falo isso da sacada do meu apto tragando um cigarro e tomando uma taça de vinho... Amanhã nem vou lembrar mais disso... Durma bem! Bjos.

Bom, agora era uma win win situation, ela ganhara de novo a liberdade e se refazer do zero, ou ainda a possibilidade de uma conversa pra por os pontos nos iis...

Mas pensou bem: o que eles iriam conversar? Se já não conversaram antes que tinham algo, iam conversar agora que acabou?

Foi dormir e antes de adormecer, concluiu: O resumo das discussões de relacionamento se resume em: Ela, frustada porque ele não entendeu (ou não quis entender) realmente qual era o ponto. Ele, bom, tudo que ele se lembrará é que ele estava ficando com uma menina, e um certo dia, ela deu uma de doida.

Poemas sobre o tempo

O tempo passou, continuei acordando, indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele.

Até que algo aconteceu. Um dia, acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher que eu acabei me tormando mulher demais para ele.

Eu não preciso de você nem pra andar e nem pra ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado.

E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado.

Tati Bernardi

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O tempo passou. Dizem que o tempo é remédio prá tudo. O tempo faz a gente esquecer. Há pessoas que esquecem depressa. Outras apenas fingem que não se lembram mais...” ÉRICO VERÍSSIMO

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Dizem que o tempo ameniza

Isto é faltar com a verdade
Dor real se fortalece
Como os músculos, com a idade

É um teste no sofrimento
Mas não o debelaria
Se o tempo fosse remédio
Nenhum mal existiria

Emily Dickinson

Ciclo dos relacionamentos

E no final, o resumo das discussões de relacionamentos é:

Ela: Se sentindo frustada por ele não entender realmente qual era o ponto.

Ele: Bom, de tudo o que ele se lembrará é: que um certo dia, ela deu uma de louca.

domingo, 4 de setembro de 2011

Vamos terminar logo esse envolvimento medíocre. Assim já me poupo de uma vez por todas de mais angústia e sofrimento. Subestimada. Sempre deixada em último plano. Finais de semana no vácuo.

De uma coisa é certa: Não sou feliz vivendo de migalhas. Quero mais. Quero muito mais.

Quero alguém na sexta-feira pra ir no cinema comigo. Compartilhar sentimentos, falar de meus medos e angústias. Sonhos. Quero alguém para fazer planos de férias, de viagens. Quero alguém pra decidir o que comer no jantar. Quero alguém para ter almoço de família no domingo. Quero alguém para ir comigo ao supermercado, fazer as compras do mês e cuidar da casa.

Mas você? Tão individualista, independente e auto-suficiente? Ah, você não está para um relacionamento convencional. Para o sentimento. Para o amor.

Então o que eu estou perdendo? Alguns poucos momentos de palavras bonitas e sexo bem feito. Sim, confesso que gosto quando você me elogia, não tenho do que reclamar, e o sexo é bastante vigoroso. Mas e depois? Depois você tem muito pouco para me oferecer. Obrigada, eu dispenso.

Chega de viver pensando em cada palavra e atitude de modo a não deixar você ir embora de vez... como se fosse o último homem interessante disponível... sensação relacionamento frágil... quem precisa disso?

sábado, 3 de setembro de 2011


Eles trabalham na mesma empresa, ela ainda fechada no caos de sua vida demorou pra enxergá-lo com outros olhos. Ele, distraído sempre na dele.

Ela um dia desperta e parece perceber que no meio de tantos, havia ali um homem diferente, misterioso... quem sabe? Quem sabe ele não seria alguém especial?

E após 10 anos ela se interessava, ou pelo menos se abria a possibilidade, até então tão distante e remota, de se abrir e investir em um novo alguém.

O que se faz quando nos interessamos por alguém? Naturalmente, procuramos informações sobre a pessoa com contatos em comum, em tempos modernos, procuramos, estudamos perfis na internet, redes sociais... com o pouco que ela descobriu, sonhadora, romântica, ela imaginou, idealizou... abriu caminhos para novas fantasias, talvez aquele homem de um metro e oitenta, 5 anos mais velho, com provável algumas experiências a mais na vida, fosse um homem especial, ainda a procura de um grande amor e coubesse em seus desejos.

Ela passou a demonstrar interesse, e ele correspondeu, após algumas trocas de olhares, conversas de poucos minutos no caminho até o estacionamento, tímida paquera, eles começaram a se conhecer "melhor".

Ela tomando o devido cuidado para não errar com as palavras, porém sempre verdadeira, gestos medrosos, mas espontâneos e naturais. Sinceros. Ele sempre educado, tomando o devido cuidado para não deixar a situação sair do controle, evitando envolvimento. E no ar a ilusão de que ambos não pensam no assunto.

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E por ele, ela foi capaz de ternura, de doçura... de ser mulher... por ele ela era capaz de cama, mesa, banho. Mais do que isso, era capaz de servi-lo, de forma um tanto desajeitada lhe preparou comida, café da manhã... por ele, tomou o devido cuidado de lhe deixar reservado seu papel de macho, se aproveitando de sua fragilidade...

Mas ele, um homem de alma impenetrável, auto-controle inabalável, individualista. Coração fechado. Incapaz de atos impulsivos como largar algum de seus inúmeros compromissos, por uma tarde não programada de sábado a toa por uma garota que caiu de paraquedas em sua vida. Nada fora do "schedule".

E para se manter no controle, nada mais estratégico do que seus constantes sumiços, e depois de algum tempo, quando menos se espera, o celular toca e o visor anuncia seu nome, ela titubeia se atende o telefone, atrapalha-se toda... sem saber o que dizer, com tanto o que dizer... derrepente ela parece perdoar todo o período de angústia, de espera por uma ligação, as mensagens de texto não respondidas, os convites para jantar que não foram feitos, a admiração imbecil por Guilhermina Guinle ou Débora Falabela, ao final da ligação ele se mostra sem grandes pretensões diz que ligou somente para dar um "alô"...  e ela fica com a sensação que a conversa foi um tanto desastrosa... e um aperto no coração por ele não saber que ela era uma mulher especial e que essa mulheres especiais apaixonadas em se atrapalham...