quarta-feira, 23 de março de 2011

Amor desesperado...

Todas as complicações e os traumas daqueles horríveis anos de divórcio foram multiplicados pelo drama de David – o cara por quem me apaixonei enquanto estava terminando meu casamento. Eu disse que “me apaixonei” por David? O que quero dizer, na verdade, é que saí do meu casamento e mergulhei nos braços de David da mesma forma que um artista de circo de desenho animado mergulha de uma plataforma altíssima dentro de um pequeno copo d´água, desaparecendo por completo. Eu me agarrei a David pra fugir do meu casamento como se ele fosse o último helicóptero saindo de Saigon. Depositei nele toda toda minha esperança de salvação e de felicidade. E sim, eu o amei. Mas, se eu conseguisse pensar em uma palavra mais forte do que “desesperadamente” para descrever o como amei David, usaria essa palavra aqui, e um amor desesperado é sempre o tipo mais difícil de amor.




Fui morar com David imediatamente depois de deixar meu marido. Ele era – é – um cara lindo... (CONTINUA)... ... ....



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No amor desesperado é sempre assim, não é? No amor desesperado, nós sempre inventamos os personagens dos nossos parceiros, exigindo que eles sejam o que precisamos que sejam, e depois ficando arrasados quando eles se recusam a desempenhar o papel que nós mesmos criamos.



Mas, ah, como nós nos divertimos durante aqueles primeiros meses, quando ele ainda era o meu herói romântico e eu ainda era o seu sonho tornado realidade. Eram uma excitação e uma compatibilidade que e jamais havia imaginado. Inventamos nossa própria linguagem. Passávamos dias fora da cidade e outros viajando de carro. Ele escalava até o topo das coisas, nadava até o fundo de outras coisas, planejava viagens pelo mundo que faríamos juntos. Nós nos divertíamos mais na fila do departamento de trânsito do que a maioria dos casais em sua lua-de-mel. Demos o mesmo apelido um ao outro, para que não houvesse separação entre nós. Traçávamos objetivo juntos, fazíamos juramentos e promessas juntos e jantávamos juntos. Ele lia livros pra mim, e ele lavava a minha roupa. (Na primeira vez em que isso aconteceu, liguei para Susan para relatar a maravilha, abismada como se houvesse acabado de ver um camelo usando um orelhão. Eu disse: “Um homem acabou de lavar a minha roupa! E lavou as peças delicadas a mão!” E ela repetiu: “Ai meu Deus, baby, como você está ferrada.”)

Trechos do Livro Eat, Pray, Love - Elizabeth Gilbert

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sentido da vida

Se for parar pra pensar no sentido da vida, em como ser feliz, no futuro... nos anos que vão passando... nas decepções e perdas que ainda sentiremos na vida... é perigoso pensar que só estamos aqui pra sofrer... pra que nascer?

Mas há uma outra opção: e essa vai mais de encontro ao espiritismo... que estamos aqui por uma missão, pra aprender, crescer, evoluir... pode parecer meio cliché, meio obvio... mas esse pensamento me conforta e faz todo sentido pra mim e porquê? Porque eu consigo enxergar evolução e amadurecimento em mim mesma... coisas que eu fazia tempestade em copo da água e dava tanta importância, hoje me parecem tão pequenas... e realmente me sinto mais vivida... experiente... apesar de saber que tenho ainda muita coisa pra aprender...

Enfim, o que eu quero dizer é que a vida te oferece a oportunidade e a visão de como você vai aproveitar e enxergar depende de você, você pode optar por lamentar/reclamar ou ser grato pelas coisas boas... agradecer pelo aprendizado nas coisas ruins, pode se deprimir por uma coisa não está bem ou sentir a alegria de simplesmente estar aqui e viver... pode julgar e sentenciar uma pessoa ou um caso, ou lhe dar uma nova chance...

Como disse Caetano, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." e tudo o que eu quero é ser menos julgada, é a minha vida, são os meus erros, meus acertos e meu aprendizado. O que não aceito são opiniões de pessoas julgando que "não tem mais jeito..."

Eu aprendi uma lição importante que é preciso saber superar as coisas, ter paciência, humildade, perdoar, ter sabedoria pra viver... tolerância e compreensão... e quer saber, eu tbm acho um monte de coisa uma merda... e tenho tendências as vezes de querer morrer... me revolto fácil e é difícil suportar certas coisas... mas depois eu "ouço" uma outra voz que diz que tem jeito, que é possivel... e recupero minhas forças... e graças a Deus, eu sou uma sonhadora... e começo a imaginar o que poderia ser... e idealizo... invento minhas verdades... viajo... volto pra realidade... fico triste... choro...mas depois vem de novo esperança, otimismo... e a imaginação voa... e me encho de expectativas... e invento minhas verdades... e depois me apego as coisas boas... o lado bom das coisas... minhas coisas... minha familia... meus amigos... os momentos que gosto de curtir... minhas possibilidades de viver... as pequenas coisas... e daí invento... invento... invento... me distraio... e a vida vai seguindo... vai sendo vivida... como já disse CL "Viver ultrapassa qualquer entendimento..."

Pra quê ser tudo preto no branco?

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: Quero é uma verdade inventada." ou seja, eu quero ver o mundo cor de rosa... e não quero dizer aí que quero ser alienada... Não! Não faria sentido! Eu quero refletir, ter o lado crítico, enxergar os podres, o lado ruim... MAS quero viver a oportunidade que a vida me dá da melhor forma possível! Ser grata pela sorte que tenho... valorizar e viver intensamente o que tenho... coisas que as pessoas só dão valor quando perdem... De encontrar a maneira de viver em paz comigo mesma e com as pessoas... de saber viver... Vale a pena viver! Eu adoro a experiência de existir...